quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Escravidão dos Negros no Brasil

    A escravidão existiu desde os primórdios da humanidade. É possível que os povos semitas tenham sido os primeiros a ter escravos, que no início eram soldados vencidos. Mais tarde foram feitas pesquisas e verificaram a existência da escravidão mercantil, sendo que a primeira se chamava escravidão histórica. A segunda, aqui no Brasil, foi reduzida a negócios, e negócios rentáveis, na maioria das vezes. A África fornecia a "mercadoria" e o Brasil a consumia. Os preços variavam de acordo com a capacidade física do negro ou da negra à venda. Pagavam-se de 500 mil réis à 2000 mil réis por cabeça. E os escravos eram classificados para determinar o seu valor comercial. Havia os moleques, o crioulo, o negro atleta. Com o tempo apareceu a mulata, e uma mulata jovem e de boa aparência chegava a valer uma pequena fortuna. Nas fazendas, havia os " escravos de estimação", que eram tratados com certa bondade.

    Chegados os escravos a Lisboa, causaram espanto ao infante Dom Henrique, que obrigou os primeiros escravocratas a devolverem a liberdade às suas vítimas. Mais tarde, o próprio infante se envolveu no comércio de seres humanos. Alguns teólogos  a discutiam assegurando uns que a escravidão era lícita, pois que os "selvagens" seriam chamado por meio da escravidão, à fé cristã, batizados e catequizados em massa.
    A introdução em massa de negros no Brasil deve ter ocorrido em meados do séc. XVI, trabalhando nas lavouras de cana-de-açúcar.
    Ao chegar à Bahia, a Recife ou ao Rio de Janeiro, os negros eram "abrigados" em depósitos por um período de recuperação, e ali, depois do tempo de "refrescar" eram expostos à venda aos senhores de engenho de cana-de-açúcar, de plantações de algodão e , mais tarde, de lavouras de café.
    Esse drama bárbaro durou três séculos. Ao lados de senhores e feitores desumanos, havia também senhores generosos, que faziam dos negros dedicados servidores da família. Muitas negras que serviam nas fazendas, nos engenhos, nas residências senhoriais, podem ter sido vítimas pioneiras da fusão do sangue negro na mestiçagem da população brasileira. Dada a sua elevada fecundidade, houve casos de quintuplicação, em 30 anos a população do engenho em Pernambuco teve um aumento considerável na sua densidade demográfica ou seja um crescimento populacional.
Não há por que negar que foi o negro angolano, principalmente o principal colonizador do Brasil. Muitos historiadores ousam dizer que sem o negro o domínio luso não teria se firmado nas terras americanas.
    Os negros esteve presente nos campos, nos engenhos, nas tropas, para a defesa da terra contra estrangeiros, holandeses sobretudo. Na Guerra do Paraguai, batalhões inteiros eram formados por negros.

Curiosidades
A Contribuição dos negros na formação 
                    cultural brasileira

    Embora carentes de direitos, os escravos negros, por meio de sua cultura, influenciaram enormemente a língua portuguesa falada no Brasil, enriquecendo-a com inúmeros vocábulos. Sua cozinha, religião e música marcaram e marcam profundamente os nossos costumes. Hoje, constata-se e valoriza-se a existência da riquíssima cultura afro-brasileira. apesar da proibição dos senhores quanto às práticas religiosas, elas eram realizadas às escondidas. Para fugir da repressão, os negros misturaram elementos católicos e crenças e imagens de origem africana. Era o sincretismo religioso. Hoje, a liberdade dessas manifestações é assegurada constitucionalmente.


   

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