domingo, 20 de dezembro de 2015

Final da Idade Média e Exercícios

   Vimos que a sociedade medieval era dividida em dois grupos claramente definidos: de um lado, a elite composta por nobres e clérigos; de outro, a grande massa da população formada por servos camponeses e pobres das cidades. Isso fez surgirem dois universos culturais bem distintos: a cultura letrada, também chamada de "erudita", cultivada nos mosteiros, universidades e castelos; e a cultura iletrada, também chamada de "popular", em geral transmitida oralmente entre os membros das camadas mais baixas da população.
    É preciso lembrar que a noção de "cultura popular" ainda não existia na Idade Média. Foi apenas no século XVIII que alguns estudiosos, olhando para o passado medieval, perceberam que as manifestações do povo também era uma forma de cultura. Até então, essa palavra se referia apenas aos hábitos e saberes produzidos pelas camadas dominantes.
Te espero nos posts de Idade Moderna, Arregaça essas mangas e até a próxima viagem, ops! Até a próxima leitura!!!

Exercícios

 ENEM- Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento.
(SEVCENKO, N. O Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984).
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre
  1. A
     
    fé e misticismo.
  2. B
     
    ciência e arte.
  3. C
     
    cultura e comércio.
  4. D
     
    política e economia.
  5. E
     
    astronomia e religião.

resolução

No Renascimento houve uma alteração na sensibilidade artística e uma valorização do racionalismo, do humanismo, da cultura clássica e, sobretudo, da ciência. Em suas obras os artistas passaram a produzir suas pinturas e esculturas baseadas na observação do mundo visível se valendo de técnicas, princípios matemáticos e racionais como proporção, equilíbrio, harmonia e perspectiva, além da utilização de novos temas como a natureza e o corpo humano. Letra: B

1- O Renascimento, enquanto fenômeno cultural observado na Europa Ocidental no início da Idade Moderna, encontra-se inserido no processo de transição do feudalismo para o capitalismo, expressando o pensamento e a visão de mundos próprios de uma sociedade mercantil e, portanto, mais aberta e dinâmica.  Manifestando-se principalmente através das artes e da filosofia, o movimento renascentista tinha como eixo

a) a oposição a todas as religiões organizadas, pois os princípios religiosos impediam a liberdade de opinião e tornavam o homem alienado. A igualdade jurídica de todos os indivíduos, suprimindo-se os privilégios de classe e equiparando os direitos e obrigações dos cidadãos.

b) a liberdade de trabalho inerente a qualquer pessoa, como instrumento capaz de possibilitar a criação e o crescimento do ser humano, sendo necessário abolir as corporações de ofício.

c) a valorização do homem por sua razão e por suas criações, difundindo a confiança nas potencialidades humanas e superando o misticismo dominante no período medieval.

d) o Racionalismo e o Geocentrismo (convicção de que tudo pode ser explicado pela razão e pela ciência; concepção 
de que a Terra é o centro do universo).

c) VERDADEIRA. A valorização do homem foi uma das bases fundamentais que definiram o desenvolvimento dos princípios renascentistas.

1- De onde veio o termo Renascimento?
A) Os renascentistas acreditavam que ao morrerem na luta para renascer a cultura eles morreriam e depois renasceriam novamente. Daí o termo Renascentismo

B) Os renascentistas acreditavam que depois de 100 anos a Idade Média iria acabar e iria vir o reino da Cultura, que seria chamado de Renascimento
C) Os renascentistas acreditavam que, ao desconsiderar a Idade Média e se inspirar nas obras dos gregos e romanos, eles estavam fazendo renascer a cultura. Daí o termo Renascimento

Letra - C (gabarito)

2- Na Itália Renascentista quem eram os mecenas?
A) Religiosos que perseguiam os artísticas que faziam obras de arte que criticavam os fundamentos da Igreja Católica

B) Burgueses e governantes que protegiam e patrocinavam financeiramente os artistas renascentistas

C) Pintores que ajudavam financeiramente os burgueses da época.

D)Governantes que atuavam como artistas, fazendo esculturas e pinturas

Resposta- B

3- Qual das alternativas abaixo apresenta características do Renascimento Cultural?

A) Antropocentrismo; valorização da cultura greco-romana; valorização da Ciência e da razão; busca do conhecimento em várias áreas

B) Geocentrismo; valorização apenas de temas religiosos; influência do misticismo; estética monocromática.

C) Teocentrismo; valorização da cultura egípcia; valorização da religião; estética fora da realidade.

D) Temas não relacionados com a realidade; pobreza de cores nas pinturas; Teocentrismo; valorização de temas abstratos.

Resposta- A

Nomes do Renascimento Italiano

Pietá
  • Michelangelo Buonarroti (1475-1564) - Escultor, pintor e arquiteto. Seus trabalhos tratavam, principalmente de temas religiosos, e foram motivos de intensos conflitos com a igreja. Pintou os afrescos no teto da Capela Sistina, no Vaticano, em que representava várias personagens da Bíblia, desde a criação do mundo e do homem até o Juízo Final. São mais de 400 figuras humanas, algumas com 3 metros de altura, em 560 metros quadrados de pintura. Essa obra consumiu quatro anos de trabalho solitário até ser concluída. Michelangelo destacou-se também por esculpir uma série de estátuas, das quais se destacam Pietá, Davi e Moisés.
                                                Davi
                             

O Vintruviano
  • Leonardo da Vinci (1452-1519) -  Pintor, escultor, cientista, engenheiro, poeta e músico. Aplicou estudos científicos à pintura e fez estudos sobre forma, proporção, cor, luz e sombra. Homem inteligência inquestionável, dedicou-se a vários domínios de arte e da ciência. 
Examinando o desenho, pode ser notado que a combinação das posições dos braços e pernas formam quatro posturas diferentes. As posições com os braços em cruz e os pés são inscritas juntas no quadrado. Por outro lado, a posição superior dos braços e das pernas é inscrita no círculo. Isto ilustra o princípio que na mudança entre as duas posições, o centro aparente da figura parece se mover, mas de fato o umbigo da figura, que é o verdadeiro centro de gravidade, permanece imóvel.
Dessa Forma, Homem Vitruviano é um pentagrama, que é um símbolo estelar de cinco pontas representando o homem e sua relação também com os quatro elementos (terra, água, ar e fogo) que por sua vez tem relação com os quatro corpos da Personalidade e a cabeça como o elemento racional da Tríade que traz o poder de discernimento adquirido pela obtenção de conhecimento.














                                                        Mona Lisa    
    O nascimento de Vênus

  • Sandro Botticelli (1445-1510) - Pintor, Seus trabalhos buscam retratar a pureza e a beleza humana idealizadas.  









A escolástica
    Uma dessas buscas de retorno à antiguidade foi a escolástica: a aplicação dos ensinamentos de Aristóteles à religião, numa tentativa de explicar e esclarecer os ensinamentos cristãos por meio de conceitos e princípios lógicos. A fé, para os escolásticos, embora não fosse oriunda da razão, não era contrária  a esta. Através da razão, eles procuravam provar o que já consideravam verdade através da fé. Nessa busca, criaram uma nova síntese entre o pensamento cristão e a filosofia grega.
    São Tomás de Aquino (1225-1274) foi o mais destacado dos escolásticos. Cristão devoto, considerava que a revelação não era inimiga da razão, mas a complementava e aperfeiçoava. A razão não devia ser temida, pois era  outro caminho para Deus.
    Para São Tomá, amar o intelecto era horar a Deus. A escolástica inspirou muitos intelectuais, definidos como humanistas, que consultavam bibliotecas e nos mosteiros, manuscritos de autores da Antiguidade greco-romana para apreciar suas qualidades puramente literárias. Para tal retomaram os estudos de grego, latim e hebraico.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Renascimento




Renascimento: Conjunto de características culturais que refletem a ascensão da burguesia no século XVI.
    

    O Renascimento ou Renascença ocorreu durante os séculos XV e XVI, intensificando na Europa a produção artística e cientifica. Segundo o contexto histórico as conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa no século XV. Por causa do aumento do comercio com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com tudo isso as condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos e escritores era maior. As atividades urbanas requeriam novas habilidades e conhecimentos. Ler, escrever e calcular eram indispensáveis à prática do comércio.
    O comércio teve maior desenvolvimento na Península Itálica, onde deu origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Nas cidades de Veneza, Florença e Gênova foram as que mais tiveram expressivo movimento artístico e intelectual. Por causa disso a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.
    As Línguas Vulgares começavam a ser utilizadas como meio de comunicação e escrita e, em pouco tempo, dariam origens aos idiomas nacionais (francês, inglês, castelhano, português, etc.).
    Uma alteração da sensibilidade artística começava a se manifestar desde o século XIII com a valorização da cultura clássica (greco-romana), do racionalismo e do espirito crítico, do naturalismo (estudo da natureza) ameaçando o controle da igreja.
    

    Queriam poder, a ciência, a arte e a filosofia dos antigos adaptada ao seu mundo. Fazer renascer a produção intelectual não significava retomar ao mundo antigo, significava criar a partir dos antigos.

Características:
  •  Traços culturais que refletem a ascensão da burguesia em uma sociedade ainda dominada por valores da nobreza
  • Humanismo -> valoriza o corpo 
  • Antropocentrismo -> Homem no centro, oposto ao Teocentrismo -> Deus no Centro
  • Hedonismo -> busca pelo prazer
  • Busca pela razão -> Racionalismo
  • Busca pela ciência -> Explicação do mundo não só pela fé, mas pela razão
  • Quer superar os valores feudais -> Trazer a luz do conhecimento
  • Inspiração clássica -> Valorizar o Ser Humano
  • O homem é criatura criadora ->  O homem vem de Deus e é predestinado a transformar o mundo onde vive.

O Vintruviano

O nascimento de Vênus

decadencia


Mona Lisa
PietáDavi                 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ascensão da Burguesia

A Vida nas Cidades

    Os habitantes das cidades, eram conhecidos como burguesia, em razão de viverem sob a proteção de muros fortificados que circundavam o espaço urbano, denominados forisburgos. 
    Banqueiros, mascates, artesãos e grandes comerciantes criaram associações, as comunas, que representavam formas de ação antagônicas daquelas que norteavam o clero e a nobreza. Muitas comunas, sob o comando de ricos comerciantes, procuraram obter sua liberdade de organização. Por meio da compra de cartas de franquia ou mesmo de lutas e rebeliões, os burgueses conseguiam administrar suas cidades e restringir (às vezes, até impedir) a interferência dos nobres. O poder político das cidades era exercido pela participação dos cidadãos em assembleias, com poder de deliberar e de eleger os ocupantes dos principais cargos administrativos.
    Muitos reis europeus apoiaram os movimentos comunais. Apesar das perigosas ideias de igualdade e participação política que circulavam e eram postas em prática nas cidades, estas constituíam-se em potenciais aliadas para o fortalecimento do poder monárquico. Mas a oposição ente a nobreza e a rica burguesia mercantil começou a ser enfraquecida pelo contato social. Em algumas regiões, sobretudo na Península Itálica, nobres participavam de empreendimentos comerciais e atividades bancárias e transferiam sua residência para as florescentes cidades. De outra parte, comerciantes enfraquecidos desejavam ingressar nas fileiras da nobreza e desfrutar do prestígio e dos privilégios sociais da aristocracia senhorial. O casamento tornava-se a via de acesso possível. Famílias nobres em dificuldades financeiras permitiam o matrimônio de seus membros com plebeus ricos.

Ascensão da Burguesia

    Mais significativa era a ascensão da burguesia pela compra de propriedades senhoriais e títulos  de nobreza. Sinal máximo de prestígio social, a terra continuava a ser o bem mais valioso dessa sociedade. Transcorridos alguns séculos, parte desses domínios e títulos de nobreza (barão, duque, conde, etc.) passaram a ser comprados por burgueses. Uma maior mobilidade social acompanhava as transformações sociais decorrentes da intensificação das atividades mercantis e da afirmação da mentalidade burguesa, então em curso. Mas seriam necessários ainda alguns séculos para que a burguesia assumisse o controle da sociedade europeia e impusesse a sua máxima: "tempo é dinheiro".
    As cidades tornaram-se também centros de intensa produção intelectual. As atividades urbanas requeriam novas habilidades e conhecimentos dos homens medievais. Ler, escrever e calcular eram indispensáveis à prática do comércio.
    Uma alteração da sensibilidade artística começou a pronunciar-se no século XIII, com a valorização da cultura clássica (greco-romana), do racionalismo e do espírito crítico, ameaçando o controle da igreja. O desenvolvimento da nova cultura correspondia às necessidades da burguesia de se afirmar no interior de uma sociedade dominada pelo cultura clerical.
Desde cedo, ricos comerciantes, denominados mecenas, patrocinaram os artistas humanistas. Além do prestígio político que adquiriram no interior das cidades, esses comerciantes contribuíram para a formação de um movimento cultural alternativo ao clerical, conhecido por Renascimento, que atingiu o apogeu nos séculos XV e XVI.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Somos todos da Idade Média

    Pouca gente se dá conta, mas muitos hábitos, conceitos e objetos tão presentes no nosso dia-a-dia vêm daquela época.
    Pensemos num dia comum de uma pessoa comum. Tudo começa com algumas invenções medievais: ela põe sua roupa de baixo (que os romanos conheciam mas não usavam), veste calças compridas (antes, gregos e romanos usavam túnica, peça inteiriça, longa, que cobria todo o corpo), passa um cinto fechado com fivela (antes ele era amarrado). A seguir, põe uma camisa e faz um gesto simples, automático, tocando pequenos objetos que também lembram a Idade Média, quando foram inventados, por volta de 1204: os botões. Então ele põe os óculos (criados em torno de 1285, provavelmente na Itália) e vai verificar sua aparência num espelho de vidro (concepção do séc.XIII). Por fim, antes de sair olha para fora através da janela de vidro (outra invenção medieval, de fins do século.XIV) para ver como está o tempo.
    Ao chegar na escola ou no trabalho, ela consulta um calendário e verifica quando será, digamos, a Páscoa este ano: 23 de março de 2008. Assim fazendo, ela pratica sem perceber alguns ensinamentos medievais.
Foi um monge do século VI que estabeleceu o sistema de contar os anos a partir do nascimento de Cristo. Essa data (25 de dezembro) e o dia da Páscoa (variável) também foram estabelecidos pelos homens da Idade Média. Mais ainda, ao escrever aquela data - 23/03/2008 -, usamos os chamados algarismos arábicos, inventados na Índia e levados pelos Árabes para a Europa onde foram aperfeiçoados e difundidos desde o começo do século XIII. O uso destes algarismos permitiu progressos tanto nos cálculos cotidianos quanto na matemática, por serem bem mais flexíveis que os algarismos romanos anteriormente utilizados. Por exemplo, podemos escrever aquela data com apenas sete sinais, mas seria necessário o dobro em algarismos romanos (XXIII/III/MMVIII).
    Sentimos fome, a pessoa levanta os olhos e consulta o relógio na parede da sala, imitando o gesto inaugurado pelos medievais. Foram eles que criaram, em fins do século XIII, um mecanismo para medir o passar do tempo, independentemente da época do ano e das condições climáticas. Sendo a hora do almoço, a pessoa vai para casa ou para o restaurante e senta-se à mesa. Eis aí outra novidade medieval! Na antiguidade, as pessoas comiam recostadas numa espécie de sofá, apoiadas sobre o antebraço. Da mesma forma que os medievais, pegamos os alimentos com colher (criada aproximadamente em 1285) e garfo (século XI, de uso difundido no XIV). Terminada a refeição, a pessoa passa no banco, que, como atividade laica (não religiosa), nasceu na Idade Média. Depois para autenticar documentos, dirigi-se ao cartório, instituição que desde a Idade Média preservava a memória de certos atos jurídicos ("escritura"), fato importante numa época em que pouca gente sabia escrever.

Franco Júnior, Hilário, somos todos da Idade Média. Revista de História da Biblioteca Nacional. mar.2008.
disponível em www.revistadehistoria.com.br Acesso em 20 dez.2011.

A prematura medicina
Os tratamentos e intervenções médicas na época medieval eram embasados em crenças supersticiosas e realizados de modo bastante experimental. Ou seja, se você adoecia, por mais simples que fosse seu problema endêmico, você não tinha nenhuma certeza concreta do que poderia lhe acontecer devido ao amadorismo com que os problemas de saúde eram tratados naquela época. Endosse a essa concepção, que a religião católica, dominante majoritariamente na época, não autorizava que os especialistas em medicina na época utilizassem os corpos humanos de pessoas mortas para testes e experimentações, barrando o progresso do que entende-se por medicina, por um período quase que milenar. Ah, verdade. Não existia anestesia, né? Pense no quanto arrancar um dente, que seja, era dolorido. 

Média de Vida: 30 anos e bolinha
A época medieval foi o período da famosa Peste Negra, uma grande pandemia que assolou a Europa no século XIV e que dizimou muitos habitantes. A chance de ser europeu e a taxa de mortalidade ao contrair a doença naquela época era em torno de 50%. Fato esse que fazia os índices de expectativa de vida na Europa serem de míseros 30 e poucos anos. Quase um luxo viver esse tempo topo com essa ameaça constante. 



sábado, 5 de dezembro de 2015

Feudalismo

  Olá queridos(as), embarcamos agora em um momento muito marcante da história da Europa, nos séc.V ao XV, onde o sistema de produção era o Feudalismo que, você entenderá a seguir! É importante  você saber que enquanto o Clero e a Alta Nobreza gozavam de gigantescas posses de terras e alimentavam o seu luxo, Os impostos eram cobrados somente aos Camponeses que, pertenciam à base da pirâmide econômica. Sabendo disso, é chegada a hora de Arregaçar essas mangas e Vamos nessa!

Do séc. V à XV chamamos esse período de Idade Média. 

No que se refere aos séculos V até X- compreendido como ALTA IDADE,  Vemos a consolidação do FEUDALISMO (século das trevas - sem a luz do conhecimento, mas com a luz religiosa).

Feudalismo era um sistema descentralizado no qual dividia-se em porções de terras agrícolas, conhecidas como feudos, onde encontrava-se o Senhor Feudal- detentor das terras). 

Do séc. X à XV = BAIXA IDADE, temos a desintegração dos feudos,  tidos como fatores a Peste, Grande Fome e Impactos Ambientais nas plantações. Além do Renascimento comercial e cultural.

Os trabalhos agrícolas constituíam a principal atividade desenvolvida pelos homens. Terras férteis, ferramentas e técnica adequadas, mão-de-obra abundante e clima favorável eram garantias de prosperidade, ou pelo menos, de sobrevivência para as sociedades humanas.
Durante o feudalismo, a paisagem europeia era essencialmente rural. As extensas florestas abrigavam, em seu interior, espaços quase sem árvores, clareiras mais ou menos vastas, onde se desenvolvia o cultivo da terra.

Se Ligue!
Enquanto no Ocidente a Alta Idade Média foi marcada pelo declínio e até desaparecimento das cidades, e também pelo enfraquecimento ou quase inexistência do comércio (que só ressurgiria na Baixa Idade Média), no Oriente, durante toda essa época, continuaram a existir impérios e intensa atividade comercial e urbana.



     Suserania e vassalagem o Senhor detentor de Terras sob uma cerimônia simbólica entregava ao nobre (vassalo) suas terras em troca de proteção.  A ECONOMIA dos feudos girava em torno da agricultura até o surgimento do Renascimento comercial e cultural.
O acordo entre as partes chamava-se contrato vassálico, raramente feito por escrito. Em geral, ele era confirmado numa cerimônia em que o futuro vassalo prestava homenagem ao suserano: depois de se ajoelhar e colocar suas mãos entre as do senhor, fazia o juramento de fidelidade, geralmente com as mãos sobre a bíblia ou sobre relíquias sagradas. Por fim, o senhor fazia a investidura, ou seja, entregava ao vassalo um punhado de terra ou outro objeto para simbolizar a concessão do feudo. 

 


































  
     
O feudo possuía três partes básicas: o feudo senhorial, onde ficava o castelo e as terras de uso exclusivo do senhor;  o feudo servil, composto de vários lotes, chamados tenências, entregues aos servos; e o feudo comunal, composto de bosques e pastos usados tanto pelo senhor como pelos servos.
      Ser ou não ser dono de terras era o fato que definia o lugar do indivíduo na estrutura feudal. Era uma sociedade de ordens ou estamental, isto é, composta de estamentos, posições sociais rígidas, que não permitiam quase mobilidade social. O indivíduo nascia e morria na mesma camada social: era senhor ou servo até o fim dos seus dias, com raras chances de modificar sua condição social. No estamento superior, formado pelos senhores feudais, estavam os nobres e o clero. Eram a camada dominante da sociedade medieval. Na base da pirâmide encontramos os Servos ou Camponeses.
    Os principais tributos cobrados aos servos eram: 
  • Talha: Correspondia a mais da metade das terras trabalhadas;
  • Corveia: Era pago com trabalho obrigatório nas terras do senhor pelo menos dois ou três dias por semana;
  • Banalidades: Pagamentos pelo uso de instrumentos de trabalho e das dependências comuns do feudo, como moinhos, forno, celeiros e pontes.



1- Analise as alternativas abaixo que tratam das características do feudalismo e indique qual delas está incorreta.
  1. O servo ficava preso ao senhor feudal, devendo-lhe fidelidade, obediência e obrigações pessoais, bem como o pagamento de diferentes impostos.
  2. A Igreja, além de possuir uma grande quantidade de feudos e, consequentemente, ser a maior proprietária de terras, foi também a responsável pela difusão de valores culturais e religiosos da Idade Média.
  3. Na Baixa Idade Média, a sociedade feudal era essencialmente agrária, portanto a terra era a maior riqueza que alguém poderia possuir, ou seja, a terra foi a base econômica do sistema feudal.
  4. Em relação aos aspectos políticos, o monarca era a autoridade máxima e absoluta. Neste sentido, os senhores feudais não detinham autonomia nas áreas militar e judicial, sendo impedidos ainda de cunharem suas próprias moedas.
  5. Os servos poderiam ser ex-escravos, camponeses ou demais homens livres que recebiam casa e terra para cultivar. Esses servos eram submetidos espontaneamente ou não ao poder dos grandes senhores.
Letra D. Apesar dos monarcas exercerem certa autoridade, os senhores feudais detinham autonomia na organização política, judiciária e econômica de seus feudos.
FGV-SP) O sistema feudal caracterizava-se:
a) pela inexistência do regime de propriedade da terra, predomínio da economia de comércio e organização da propriedade pública.
b) pelo cultivo da terra por escravos, com produção intensiva e grandes benefícios para os vassalos.
c) pela aplicação do sistema assalariado e trabalho forçado dos vilões nas pequenas propriedades senhoriais.
d) pela divisão da terra em pequenas propriedades e utilização de técnicas avançadas de cultivo.
e) pela propriedade senhorial da terra, regime de trabalho servil e bases essencialmente agrárias.
Resposta: A alternativa correta é a letra “e”.
2. Enem 2011- Questão 35- prova azul 
 Se a mania de fechar, verdadeiro habituada mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. 
DUBY, G. et al.“Séculos XIV-XV”.In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com
   A)o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
  B)a migração de camponeses e artesãos.  
C)a expansão dos parques industriais e fabris. 
D)o aumento do número de castelos e feudos.
 E)a contenção das epidemias e doenças. 
Gabarito letra "A"
(FASP) Podemos definir o feudalismo, do ponto de vista econômico, como um sistema baseado na produção, tendente à autossuficiência, sendo a agricultura seu principal setor. Politicamente o feudalismo caracterizava-se pela:
  1. existência de legislação específica a reger a vida de cada feudo.
  2. atribuição do poder executivo à igreja.
  3. relação direta entre posse e soberania dos feudos, fragmentando assim o poder central.
  4. absoluta descentralização administrativa.
Letra C. O poder político dentro dos feudos era exercido pelo senhor daquela localidade, garantindo a ele, desta forma, autonomia política. Apesar da fragmentação política gerada por esta situação, havia toda uma série de costumes comuns que eram verificados em vários feudos, bem como a relação de subordinação entre senhores de feudos distintos, o que não chegava a interferir na soberania exercida.
(Fatec-SP) Uma das características a ser reconhecida no feudalismo europeu é:

  1. A sociedade feudal era semelhante ao sistema de castas.
  2. Os ideais de honra e fidelidade vieram das instituições dos hunos.
  3. Vilões e servos estavam presos a várias obrigações, entre elas, o pagamento anual de capitação, talha e banalidades.
  4. A economia do feudo era dinâmica, estando voltada para o comércio dos feudos vizinhos.
  5. As relações de produção eram escravocratas.
Letra C. A relação pessoal, mediada por obrigações entre servos e vilões em relação a seus senhores, principalmente o pagamento de tributos, foi uma das principais características do que se denominou feudalismo, o regime de exploração e organização social vigente no espaço que hoje conhecemos como Europa.